Sou como um urso balú na floresta dos homens.
E como todo urso, urbano e ignaro,
Sei que a vida não tem data, é um dia após o outro,
Sem marcas pendentes no calendário.
Meus amigos fazem anos, eu faço de conta.
Não leio telegramas, não recebo emissários,
Não guardo sombras de ontem, Só uso o necessário,
E se vires me perguntar qual a minha fortuna,
Não sei, só sei que os anos são extraordinários.
Everaldo Augusto.
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