Seis Cordas Com a MPB.


Djavan.

Djavan Caetano Viana nasceu em 27 de Janeiro de 1949 em Maceió AL. De família pobre, aos 16 anos começou a tocar violão, que aprendeu de ouvido. Em Maceió, formou o grupo Luz, Som, Dimensão, mais conhecido como LSD, com repertório dos Beatles. Mudou-se para o Rio de Janeiro RJ em 1973, quando foi contratado como crooner na boate Number One. Em 1975 foi premiado com o segundo lugar pela canção Fato consumado, no Festival Abertura, da TV Globo. No ano seguinte, gravou o primeiro LP, A voz, o violão e a arte de Djavan, pela Som Livre, que incluía uma de suas criações mais consagradas, Flor-de-lis. No final da década de 1970, suas composições adquiriram estilo de grande lirismo e letras com elaborados jogos de imagens. Em 1980, pela EMI, lançou o disco Alumbramento. Seu disco seguinte, Seduzir, apresentava trabalho percussivo com características africanas, incluindo sucessos como Açaí e Faltando um pedaço. Assinando contrato com a CBS (atual Sony Music), viajou para os EUA para gravar Luz, disco que incluiu a expressão "caetanear" na letra de Sina, retribuída por Caetano Veloso ao gravar a musica no LP Cores e nomes, em que usa o verbo "djavanear". Alem disso, Luz contou com a participação de Stevie Wonder na faixa Samurai. Em 1984 lançou Lilás (com Lilás, Esquinas, Infinito) e participou como ator do filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Jr. Ainda na década de 1980, gravou os discos Meu lado (1986), com Segredo, Topázio e Quase de manha; Não é azul mas é mar (1987), com Dou não dou, Florir, Soweto – gravado nos EUA, em inglês, como Bird of Paradise (1988) –; e Djavan (1989), com Corisco, Vida real, e cuja música Oceano, acompanhada pelo violão de Paco de Luccia, foi incluída na trilha da novela Top Modal, da TV Globo.

Seus discos, que passaram a mesclar diversos gêneros musicais, como samba, funk, musica de viola, baladas e ritmos africanos, tornaram-se sucesso no mercado brasileiro e internacional. Na década de 1990, lançou os CDs Coisa de acender (1992, Sony), em que aparece Linha do Equador, sua primeira composição em parceria com Caetano Veloso; Novena (1994, Sony), em que explora a tradição nordestina e faz parceria com a filha Flávia Virgínia na musica Avo; e Malásia (1996, Sony), que traz Correnteza (Tom Jobim e Luís Bonfá) e Sorri (Smile, Charles Chaplin, versão de João de Barro). Algumas de suas composições encontraram grandes interpretes, como Gal Costa (Açaí, Maria Bethânia (Alibi), Caetano Veloso (Oceano), Roberto Carlos (A ilha) e Nana Caymmi (Meu bem-querer). Nos EUA teve intérpretes como Carly Simon, Al Jarreau, Carmen McRae e o grupo Manhattan Transfer. Foram seus parceiros Artur Maia (Alivio), Orlando Morais (A rota do indivíduo), Gilberto Gil (Corisco), Chico Buarque (Alumbramento), alem de Cacaso, Aldir Blanc, Nelson Mota, entre outros. 


Texto: Mpb Net.
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 Maria Bethânia.

Bethânia foi a primeira cantora brasileira a atingir a marca de 1 milhão de discos vendidos, com Álibi, em 1978. Nada mal para quem, quando menina em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, sonhava em ser atriz. Sua estréia nos palcos aconteceu em 1963, em Salvador, cantando um samba de Ataulfo Alves na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Em 1964, Maria Bethânia e músicos iniciantes como seu irmão Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé montaram o espetáculo Nós Por Exemplo, em Salvador. Bethânia tinha apenas 19 anos quando recebeu de Augusto Boal um convite para substituir Nara Leão no antológico espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro. Logo na primeira apresentação, a baiana arrebatou a platéia carioca interpretando Carcará, de João do Vale e José Cândido. No mesmo ano gravou seus primeiros discos e pouco depois estaria sendo chamada de Abelha Rainha da MPB.

Maria Bethânia já lançou mais de 30 discos, tendo dividido alguns com grandes nomes da MPB, como Edu Lobo, Chico Buarque e os Doces Bárbaros (Caetano, Gil e Gal Costa). Em 2002, ela lançou em CD o tão aguardado Maricotinha Ao Vivo, pela Biscoito Fino. Em 2003, foram lançados o DVD de Maricotinha Ao Vivo e o CD Cânticos Preces Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu.

Ainda em 2003, Bethânia cria o selo Quitanda, em parceria com Kati Almeida Braga, pelo qual lançou o CD Brasileirinho. Em 2005, a BF lançou Que Falta Você me Faz, uma homenagem de Bethânia ao poetinha Vinicius de Moraes, e o DVD Tempo, Tempo, Tempo, Tempo. Já em 2006, o selo Quitanda apresenta o documentário Música é Perfume, um documentário de Georges Gachot que mapeia o processo criativo da cantora.
 

Texto: Biscoito Fino.
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Chico Cesár.


Francisco Cesár Gonçalves, filho de dona Etelvina, nascido em 26 de Janeiro de 1964.
Por volta das cinco e meia da tarde.

Recebeu esse nome de Francisco, que é o primeiro nome do pai e de um santo que a dona Etelvina se apegava em tudo e por tudo.
E o seu único irmão queria também que ele tivesse um nome de rei! Por isso veio o segundo nome, Cesár. Até os 8 anos era, Francisco César Filho, daí 

passou a ser o, Francisco Cesár Gonçalves.
Outra curiosidade importante da vida dele, ele teve sua vida de caçula, no rancho do povo, numa casa de beira de estrada sem asfalto, há quatro quilômetros de Catolé do Rocha.

A televisão só chegaria em Catolé do Rocha na copa de 70, para que os sertanejos paraibanos se aboletassem na praça boquiabertos como o resto do mundo vendo Pelé, Gérson, Tostão, Jairzinho e Rivelino.
Chico foi cedo para escola rural já sabendo ler e soletrar, a tia dele conseguiu uma bolsa de estudos para ele e para algumas irmãs dele no colégio Tambiá de João Pessoa, e por fim terminou o curso de comunicação na Universidade Federal da Paraíba.

Ainda menino com 8 anos de idade, foi trabalhar numa loja de discos "Lunik", esse era o nome da loja!
E foi assim que a música se instalava irremediávelmente nele.

Começou com os 10 anos de idade com a banda conver: The Snakes, com instrumentos inventado por ele e os amigos.

Aos 14 anos com a Banda Ferradura, com canções própias, desbravando festivais em Souza, Cajazeiras, Patos e Pombal (todas na Paraíba).
Aos 16 anos quando mudou para João Pessoa, conheceu o Paulo Ró e Pedro Osmar. Eles formaram o grupo, Jaguaribe Carne, voltado para experimentação de linguagens que adotaram ele mostrando: música aleatória, poesia concreta, cinema novo, mão tsé tung, poesia pornô, música do mundo e dodecafonismo.


Esse grupo existe até hoje e é uma grande referência na vida dele; Em 1984 deixou João Pessoa e foi para São Paulo, ele fazia pequenos show em bares e teatro alternativos.
Foi para Alemanha à convite da sociedade cultural Brasil-Alemanha, fazer algumas apresentações e participou de alguns festival e montou a Câmara dos Camaradas que hoje é Cuscuz Clã.

 

Iderlan Ferreira.

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