10 de out. de 2011

Ato de Caridade

Que eu faça o bem, e de tal modo o faça,
Que ninguém saiba o quanto me custou.
- Mãe, espero de ti mais esta graça:
- Que eu seja bom sem parecer que o sou.

Que o pouco que me dês me satisfaça;
E se, do pouco mesmo, algum sobrou,
Que eu leve esta migalha aonde a desgraça,
Inesperadamente, penetrou.

Que a minha mesa, a mais, tenha um talher,
Que seja, minha Mãe, Senhora nossa,
Para o pobre faminto que vier.

Que eu transponha tropeços e embaraços:
- Que eu não coma sozinho o pão que possa
Ser partido por mim em dois pedaços.

Djalma Andrade.

Nenhum comentário: