Que ninguém saiba o quanto me custou.
- Mãe, espero de ti mais esta graça:
- Que eu seja bom sem parecer que o sou.
Que o pouco que me dês me satisfaça;
E se, do pouco mesmo, algum sobrou,
Que eu leve esta migalha aonde a desgraça,
Inesperadamente, penetrou.
Que a minha mesa, a mais, tenha um talher,
Que seja, minha Mãe, Senhora nossa,
Para o pobre faminto que vier.
Que eu transponha tropeços e embaraços:
- Que eu não coma sozinho o pão que possa
Ser partido por mim em dois pedaços.
Djalma Andrade.
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